
A reconciliação do Missal com sua torcida: quando a esperança voltou a viver no 25 de Julho
O ginásio 25 de Julho sempre foi mais do que um palco de futsal. É ali, entre bandeiras, batuques e vozes apaixonadas, que o Missal construiu sua identidade. Mas neste 2025, a chama que incendiava a arquibancada parecia ter se apagado. Derrotas dolorosas, a segunda pior campanha entre os classificados da primeira fase e uma goleada sofrida em casa por 8 a 1 haviam distanciado a torcida de sua grande paixão.
A virada começou no dia 24 de julho, quando o clube anunciou a chegada de Cidrão, técnico experiente e ex-Santa Helena, para assumir a missão de reerguer um elenco desacreditado. O desafio não era apenas técnico: era psicológico, era emocional. A torcida, até então, já não se via mais refletida em quadra.
A estreia do novo comandante, contra o Terra Boa, mostrou lampejos de evolução, mesmo com a derrota por 3 a 2. Mas o que parecia apenas um respiro tornou-se, em pouco tempo, uma reação. Sob o olhar atento de Cidrão, os atletas readquiriram confiança, compraram a filosofia do treinador e, pouco a pouco, o Missal voltou a se reconhecer como equipe.
Foram quatro vitórias nos cinco jogos seguintes, com direito a façanhas que reacenderam a chama da arquibancada. O triunfo por 5 a 2 sobre o líder isolado Terra Boa, de virada e diante do seu torcedor, não foi apenas um resultado: foi um reencontro. O ginásio voltou a pulsar, os cânticos ecoaram mais fortes e os jogadores sentiram novamente a força que sempre fez do 25 de Julho um verdadeiro caldeirão.
Em entrevista ao Iguaçu em Foco, Cidrão revelou o segredo dessa reconstrução: confiança e resgate da autoestima. “Cheguei em Missal com a missão de reestruturar uma equipe que havia perdido atletas importantes. Resgatamos aqueles que ficaram, mostramos que eles poderiam render mais e, felizmente, eles acreditaram na nossa ideia. O resultado está aí”, afirmou.
Mas o treinador sabe que nada está definido. Com a classificação ainda em aberto, ele aposta no apoio das arquibancadas para transformar esperança em realidade: “Convoco cada torcedor de Missal e região a estar presente contra o Apucarana. A força de vocês é nosso combustível”.
A dois jogos do fim da segunda fase, o Missal não é mais apenas o time que quase caiu para o “torneio da morte”. É a equipe que reconquistou sua alma, que fez a torcida acreditar de novo e que entra em quadra carregada pelo grito apaixonado de um povo.
No próximo sábado, dia 13, quando a bola rolar às 20h30 contra o Apucarana, não será apenas mais uma partida. Será mais um capítulo dessa história de reconciliação, onde torcida e time voltam a caminhar lado a lado em busca do mesmo sonho.









